Principais blocos.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário político internacional foi especificado em blocos de poder que refletiam não apenas alianças militares, mas também profundas divergências ideológicas. Esses blocos, conhecidos como Eixo e Aliados , reuniram países com interesses comuns e marcaram as estratégias que definiram o rumor do conflito mais destrutivo da história contemporânea. De um lado, estava o Eixo , formado principalmente pela Alemanha Nazista , a Itália Fascista e o Japão Imperial . Essa aliança nasceu de acordos diplomáticos anteriores, como o Pacto Anticomintern (1936), que tinha como objetivo combater a expansão do comunismo, e o Pacto de Aço (1939), firmado entre Alemanha e Itália. Em 1940, com o Pacto Tripartite , a cooperação foi oficializada, incluindo o Japão e consolidando o bloco. Esses países compartilhavam ideologias autoritárias, militaristas e expansionistas. A Alemanha, sob Adolf Hitler, buscava a construção do “espaço vital” e a supremacia da raça ariana. A Itália de Benito Mussolini sonhava com a guarnição de um império romano moderno, enquanto o Japão, sob forte militarismo, ambicionava dominar a Ásia e o Pacífico, assegurando recursos naturais estratégicos. Do outro lado, estava o bloco dos Aliados , inicialmente liderado pelo Reino Unido e pela França , que declararam guerra à Alemanha após a invasão da Polônia em setembro de 1939. Com o passar do tempo, esse bloco se ampliou, incluindo países de enorme peso militar e econômico, como os Estados Unidos (após o ataque japonês a Pearl Harbor em 1941) e a União Soviética (que passou de não-agressão à resistência, quando foi invadida pela Alemanha no mesmo ano). A China , já em guerra contra o Japão desde 1937, também foi um membro importante.
Esse bloco tinha como objetivo central impedir o expansionismo do Eixo e preservar a liberdade dos povos, ainda que houvesse divergências internas entre democracias ocidentais e o regime socialista soviético. A força dos Aliados residia justamente em sua diversidade e capacidade de unir diferentes sistemas políticos em torno de um inimigo comum. Além desses blocos principais, existiram alianças e acordos temporários que influenciaram o curso da guerra. O mais marcante foi o Pacto Molotov-Ribbentrop , assinado entre Alemanha e União Soviética em agosto de 1939. Oficialmente, era um tratado de não-agressão, mas incluía cláusulas secretas que previam a divisão da Polônia e de outros territórios do Leste Europeu entre os dois países. Esse pacto permitiu que Hitler iniciasse uma guerra sem se preocupar com uma ofensiva soviética, mas foi rompido em 1941, quando a Alemanha lançou a Operação Barbarossa e invadiu a União Soviética. Outro exemplo foi a atuação de países cobeligerantes , como a Finlândia, que apoiam ao lado da Alemanha contra os soviéticos, sem, no entanto, integrar oficialmente o Eixo. Os blocos também refletiram disputas ideológicas profundas. O Eixo representava o autoritarismo, o militarismo e a ideia de expansão imperial, enquanto os Aliados, apesar de suas contradições internas, se apresentavam como defensores da soberania nacional, da democracia e, em certo ponto, da liberdade. No entanto, é importante destacar que dentro do grupo dos Aliados havia diferenças significativas: os Estados Unidos e o Reino Unido defendiam sistemas capitalistas e democráticos, enquanto a União Soviética buscava consolidar sua influência socialista. Mesmo assim, essas diferenças foram deixadas de lado durante a guerra para garantir a vitória contra o inimigo comum. A rivalidade entre os blocos culminou em grandes batalhas, ofensivas e contra-ofensivas que moldaram a história do século XX. A superioridade industrial, militar e estratégica dos Aliados, somada à entrada de potências como os EUA e a URSS, foi determinante para a derrota do Eixo em 1945. O fim da guerra não apenas encerrou o confronto entre esses blocos, mas também deu início a uma nova divisão global, com a Guerra Fria, marcada pela rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética. Portanto, os blocos da Segunda Guerra Mundial foram mais do que alianças militares: eles representaram choques de visões de mundo, estratégias de poder e interesses econômicos. O confronto entre o Eixo e os Aliados não apenas decidiu o destino da guerra, mas também redesenhou o equilíbrio político internacional, deixando marcas profundas que ainda influenciaram a história contemporânea.
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